quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

BATATA QUENTE



QUARENTA ANOS ATRÁS

Foi no começo de 1970. Era presidente da República o general Garrastazu Médici, e técnico da seleção brasileira de futebol, João Saldanha. Completavam-se os preparativos para a Copa do Mundo a realizar-se no México quando os radicais de sempre, incrustados  no governo,  lembraram-se de que Saldanha era do Partido Comunista. Começou uma campanha para afastá-lo.  O presidente Médici integrou-se nela ao sugerir que o Dario, “peito de aço”, deveria ser o centro-avante do time, no lugar do Tostão. O técnico respondeu com o que pareceu um sacrilégio contra o regime: “eu não me meto na composição do ministério, o presidente que não  se meta na minha  escalação.”  Foi demitido, ou melhor, dissolvido, mesmo protestando que não era sorvete. Veio o Zagalo, que convocou o  Dario, ainda que só o fizesse entrar no finalzinho dos jogos. O Brasil foi tri-campeão.

“Não tem prá ninguém, eu vou ser o próximo presidente da Câmara, porque muita gente acredita no meu trabalho” Jair da Canovas.

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