QUARENTA ANOS ATRÁS
Foi no começo de 1970. Era presidente da República o general Garrastazu Médici, e técnico da seleção brasileira de futebol, João Saldanha. Completavam-se os preparativos para a Copa do Mundo a realizar-se no México quando os radicais de sempre, incrustados no governo, lembraram-se de que Saldanha era do Partido Comunista. Começou uma campanha para afastá-lo. O presidente Médici integrou-se nela ao sugerir que o Dario, “peito de aço”, deveria ser o centro-avante do time, no lugar do Tostão. O técnico respondeu com o que pareceu um sacrilégio contra o regime: “eu não me meto na composição do ministério, o presidente que não se meta na minha escalação.” Foi demitido, ou melhor, dissolvido, mesmo protestando que não era sorvete. Veio o Zagalo, que convocou o Dario, ainda que só o fizesse entrar no finalzinho dos jogos. O Brasil foi tri-campeão.
“Não tem prá ninguém, eu vou ser o próximo presidente da Câmara, porque muita gente acredita no meu trabalho” Jair da Canovas.
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