domingo, 16 de agosto de 2009

GRIPE SUÍNA


Nesta entrevista Edison Durigon, que tem um pós-doutorado pelo Centro de Controle de Doenças Infecciosas (CDC), de Atlanta, nos Estados Unidos, fala sobre o A H1N1, a gripe que ele provoca, e trata de muitos outros vírus, com suas mutações, incertezas e ameaças.

O que há de específico no vírus da gripe suína, o A H1N1, e o que o diferencia dos outros tipos de vírus influenza?
Ele é diferente. Temos dois vírus que circulam há bastante tempo na população humana. São o H3N2 e o H1N1. Todos são descendentes do vírus da gripe espanhola, de 1918. Eles vão se modificando, se atenuando no homem e causam a gripe conhecida como sazonal. Anualmente temos gripe no mundo todo causada por esses dois tipos de vírus. Afora esses dois, que são da influenza A, há outros, da influenza B, que nunca causaram nenhuma pandemia. Por isso, em termos de saúde pública, a preocupação é sempre com os vírus da influenza A.

Existem, entre o A e o B, diferenças de gravidade?
Há dois tipos de vírus da influenza A. Um que tem a mesma gravidade do B, com baixa patogenicidade, e outro que tem alta patogenicidade e é muito perigoso. Ele se replica muito mais rápido, causa hemorragia pulmonar e pode infectar outros órgãos. Isso aconteceu em 1918 com o H1N1. Ele veio direto da ave para o homem e causou a pandemia em que morreram pelo menos 50 milhões de pessoas, conhecida como gripe espanhola.

A gripe asiática de 1957 não foi causada pelo mesmo vírus?
Não, foi por um descendente dele, uma mistura com vírus de outros animais, geralmente da ave e do porco. A ave é o reservatório natural do vírus da gripe, o homem é contaminado por ele e, com o passar do tempo, fomos nos adaptando. A mortalidade foi grande na gripe espanhola porque ela era provocada por um vírus de alta patogenicidade, que foi naturalmente se atenuando e se tornou de baixa patogenicidade. É o que está entre nós até hoje, depois de muitas recombinações. Ele se recombinou com suíno, depois de novo com ave, deu no H3N2, aí voltou para o H1N1... Clique AQUI para ler a ENTREVISTA COMPLETA

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